Devo parar de me exercitar se tenho artrose?
- marchionifisio
- 17 de abr.
- 2 min de leitura
Definitivamente, não!
Durante muito tempo, acreditou-se que a artrose (ou osteoartrite) era simplesmente o resultado do "desgaste natural" das articulações. Com isso, muitas pessoas com o diagnóstico foram orientadas — ou assumiram por conta própria — que o melhor seria parar de se exercitar para “não piorar” a situação. Hoje, sabemos que essa abordagem está ultrapassada.

A ciência evoluiu, e com ela, nosso entendimento sobre a artrose também. Descobrimos que a condição não se resume apenas ao uso repetitivo ou ao envelhecimento das articulações. Existe um importante componente sistêmico, ou seja, fatores como inflamação crônica de baixo grau, sedentarismo, alimentação inadequada, sono ruim e até o estresse têm um papel relevante no desenvolvimento e na progressão da doença.
E onde entra o exercício nisso tudo?
O exercício físico é, na verdade, um dos pilares mais importantes no tratamento da artrose. Movimentar-se regularmente ajuda a reduzir a dor, melhorar a mobilidade, preservar (ou até aumentar) a força muscular, proteger as articulações e manter a funcionalidade no dia a dia. Além disso, contribui para o controle do peso corporal, melhora a saúde cardiovascular, regula o sono e traz inúmeros benefícios mentais — todos fatores que, direta ou indiretamente, influenciam a saúde articular.
É claro que nem toda atividade será adequada para todo mundo. Em fases de dor mais intensa, pode ser necessário ajustar os tipos de exercício, reduzir a intensidade ou modificar a carga. Mas isso é muito diferente de parar completamente.
A ideia não é sofrer para se movimentar, mas sim encontrar formas inteligentes e seguras de manter o corpo ativo. Caminhadas, bicicleta, pilates, musculação adaptada e até exercícios funcionais podem ser excelentes opções, desde que individualizados de acordo com suas capacidades e objetivos.

O mais importante é entender que você só precisa começar!
Você não precisa começar com treinos longos ou complexos. Pequenas doses de movimento ao longo do dia já fazem diferença. O segredo está na constância, na progressão gradual e, se possível, no acompanhamento de um profissional qualificado.
Portanto, se você tem artrose, o recado é claro: continue se mexendo. Com informação correta, orientação adequada e escuta do seu próprio corpo, o exercício será seu grande aliado — e não um vilão.
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