Fratura por estresse: O que é, quem atinge e como tratar?
- marchionifisio
- há 5 dias
- 2 min de leitura

Você já ouviu falar em fratura por estresse? Esse tipo de lesão é mais comum do que parece, especialmente entre praticantes de esportes como corrida, dança, ginástica ou qualquer atividade que envolva impacto repetitivo nos membros inferiores.
O que é uma fratura por estresse?
Diferente de uma fratura traumática — que acontece de forma súbita após uma queda ou batida — a fratura por estresse é uma lesão por sobrecarga que se desenvolve ao longo do tempo. Ela começa com uma degeneração óssea discreta, causada por microtraumas repetitivos, e pode evoluir para uma fissura ou até mesmo uma fratura completa se não for tratada adequadamente.
Esse tipo de fratura acomete principalmente os ossos dos membros inferiores, como tíbia, fíbula, fêmur e metatarsos (ossos do pé), justamente por suportarem grande parte das forças mecânicas durante atividades físicas.

Quem está mais propenso a sofrer fratura por estresse?
As fraturas por estresse são mais frequentes em:
Corredores (iniciantes ou com grande volume de treino);
Atletas de esportes com saltos repetitivos, como basquete, vôlei e ginástica;
Pessoas que aumentam bruscamente o volume ou a intensidade da atividade física;
Indivíduos com baixa densidade mineral óssea;
Pessoas com massa muscular reduzida;
Quem apresenta alterações biomecânicas como joelho valgo ou pisada excessivamente pronada
Ou seja, não é apenas o excesso de treino, mas sim a associação entre sobrecarga e fatores predisponentes que pode levar à lesão.
Como o osso responde ao treino?
Durante treinos de impacto, nosso corpo passa por um processo natural: microfissuras se formam no osso e, no período de recuperação, esse tecido é reabsorvido e reconstruído, ficando até mais forte do que antes. Esse é o princípio da adaptação óssea.
Porém, quando o descanso não é suficiente ou o estímulo é excessivo, o processo de destruição supera o de reconstrução. É aí que ocorre o risco da fratura por estresse.
Sintomas mais comuns
Fique atento a sinais como:
Dor de início gradual durante ou após o exercício, que pode melhorar com o repouso;
Dor localizada à palpação do osso afetado;
Sensibilidade aumentada ou desconforto ao carregar peso na região.
Muitas vezes, o atleta continua treinando com dor, acreditando que é algo passageiro — o que só agrava o quadro.

É preciso fazer cirurgia?
Na maioria dos casos, não! O tratamento de fraturas por estresse é conservador, ou seja, sem necessidade de cirurgia. Mas é fundamental procurar um profissional da saúde o quanto antes para evitar que a lesão evolua.
Como funciona o tratamento conservador?
O tratamento pode incluir:
Interrupção temporária da atividade física ou ajuste do volume de treino;
Em alguns casos, o uso de imobilizadores ou muletas para reduzir a carga na região afetada;
Início precoce da fisioterapia para controle da dor e inflamação.
Na fisioterapia, o foco será:
Acelerar o processo de consolidação óssea;
Corrigir desequilíbrios musculares e biomecânicos;
Promover o fortalecimento progressivo;
Reintroduzir a atividade física de forma gradual e segura

Conclusão
A fratura por estresse é uma lesão silenciosa, que começa com pequenos sinais e, se ignorada, pode se tornar uma condição limitante.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para uma recuperação rápida e eficaz.
Se você identificou algum desses sintomas ou fatores de risco, não hesite: procure uma de nossas unidades e inicie o tratamento o quanto antes. Seu corpo agradece!
Comments